
Gráfico 1: Etnias do público-alvo.
Segundo o gráfico 1, a etnia predominante entre os/as entrevistados/as no estudo a nível nacional é a etnia fula, representada por 25% em seguida a etnia balanta, representada por 16%.
Estudo baseado em 3 646 questionários representando cerca de 0,5% do eleitorado nacional, analisando o perfil sociodemográfico, a confiança política, as influências no ato de votar e as perceções sobre o processo democrático. Os resultados oferecem um retrato abrangente das motivações e desafios que moldam o comportamento eleitoral na Guiné-Bissau.
O primeiro bloco da análise nacional concentra-se na caracterização demográfica do universo inquirido, com base nos 3 646 questionários válidos recolhidos. Este segmento inclui informações sobre a composição étnica e religiosa das pessoas entrevistadas, a distribuição por faixas etárias e por género, bem como dados relativos ao estado civil e ao tipo de casamento (religioso, tradicional ou estatal). São também registadas a média de eleitores por agregado familiar, o nível de escolaridade das pessoas entrevistadas e as principais fontes de rendimento dos agregados (agricultura, comércio, função pública ou outras atividades). A recolha sistemática destes dados permite estabelecer um retrato quantitativo da população abrangida pela pesquisa, constituindo a base para a compreensão subsequente das atitudes e comportamentos eleitorais analisados nos blocos seguintes.
Gráfico 1: Etnias do público-alvo.
Segundo o gráfico 1, a etnia predominante entre os/as entrevistados/as no estudo a nível nacional é a etnia fula, representada por 25% em seguida a etnia balanta, representada por 16%.
Gráfico 2: Faixa etária
Num universo de 3646 entrevistados/as, 44% foram do sexo feminino e 56% do sexo masculino.
Gráfico 3: Sexo do público-alvo do estudo.
Num universo de 3646 entrevistados/as, 44% foram do sexo feminino e 56% do sexo masculino.
Gráfico 4: Religião dos entrevistados.
A religião predominante entre os/as entrevistados/as é a muçulmana, representada por 50%.
Gráfico 5: Estado civil dos entrevistados.
No que diz respeito ao estado civil dos/as entrevistados/as, constatou-se que 65% são casados (as), 26% são solteiros (as), 2% são divorciados (as) e 6% são viúvos (as).
Gráfico 6: Tipos de casamento do público-alvo.
Entre os casados, o tipo de casamento predominante é o casamento de usos e costumes, representado por 52%.
Gráfico 7: Capacidade eleitoral
Quando questionados/as sobre a capacidade eleitoral do agregado familiar, 25% afirmam que no agregado menos de 10 pessoas podem votar e 75% afirmam que no agregado mais de que 10 podem votar.
Gráfico 8: Nível de escolaridade.
De acordo com o gráfico 8, o nível de escolaridade predominante entre os/as entrevistados/as no estudo é o nível de escolaridade entre 10ª – 12ª classe, representado por 21% em seguida o nível entre 7.ª – 9ª classe, representado por 15%. E ainda se nota que 10% dos entrevistados/as não sabem ler e nem escrever.
Gráfico 9: Fonte de receita.
Outro aspeto relevante que o estudo buscou ilucidar são dominios de atividades laborais dos/as entrevistados/as. Num universo de 3646 entrevistados/as, 26% são agricultores/as, 18% trabalham no setor privado, 16% no setor público e 15% são comerciantes.
O segundo bloco da análise nacional aborda a experiência e as perceções dos inquiridos relativamente ao sistema político e aos seus representantes. São recolhidas informações sobre a frequência com que as pessoas entrevistadas já participaram em atos eleitorais e o tipo de eleições em que votaram (legislativas, presidenciais ou gerais, entendidas estas como a realização simultânea das eleições legislativas e presidenciais). Este segmento inclui ainda dados sobre o nível de confiança depositado nos candidatos e nos partidos políticos, bem como as motivações para manter ou alterar a preferência partidária ao longo do tempo. Analisa-se também o grau de credibilidade atribuído às promessas eleitorais e as razões apresentadas para acreditar ou não nelas em ocasiões anteriores. Por fim, o bloco recolhe perceções sobre a utilidade e a credibilidade do sistema multipartidário, conforme entendido pelas pessoas entrevistadas.
Gráfico 10: Nº de vezes que o público-alvo já votou.
Quando questionadas/os quantas vezes já votaram, percebe-se que num universo de 3646 entrevistadas/os, 27% assumem que já votaram pelo menos 5 vezes e 17% pelo menos 2 vezes.
Gráfico 11: Votação nas eleições gerais.
Em relação a participação nas eleições realizadas no país, percebe-se que 16% afirmam ter votado nas eleições gerais em 1994, 14% nas eleições de 1999, 14% nas eleições gerais de 2014 e 16% nas eleições gerais de 2019.
Gráfico 12: Votação nas legislativas.
Em relação ao número de vezes que os entrevistados/as votaram nas eleições legislativas passadas, 78% afirmam ter votado pelo menos 6 vezes.
Gráfico 13: Eleições presidenciais.
E nas eleições presidenciais passadas, 78% dos entrevistados/as afirmam ter votado pelo menos 6 vez nas eleições presidenciais.
Gráfico 14: Nível de confiança no partido.
Durante o diagnostico também foi possível medir o nível de confiança que os entrevistados/as possuem em relação ao partido. Segundo o gráfico 14, verifica-se que 48% afirmam que não votam sempre no mesmo partido enquanto 52% afirmam que sim tem votado sempre no mesmo partido.
Gráfico 15: Motivos para votar no mesmo partido.
E os principais motivos de terem votado sempre no mesmo partido são: confiança no partido (48%), confiança no programa de Governo (23%) e militância (25%).
Gráfico 16: Motivos para não votar no mesmo partido.
E os/as entrevistados/as que afirmam que não votaram no mesmo partido nas últimas eleições pelos seguintes motivos: não cumpriu as promessas da campanha anterior (46%), falta de confiança no partido (21%) e perda de confiança no partido (10%).
Gráfico 17: Nível de confiança nas promessas eleitorais dos candidatos nas eleições passadas.
Além de tentar analisar os principais motivos que influenciaram o votar ou não votar num determinado partido nas últimas eleições, o diagnostico procurou também analisar o nível de confiança dos entrevistados/as nas promessas eleitorais dos/das candidatos/as à nível nacional. Num universo de 3646 entrevistados/as, 68% afirmam que não acreditaram nas promessas eleitorais dos candidatos e 31% afirmam acreditar nas promessas.
Gráfico 18: Motivos para acreditar nas promessas eleitorais dos candidatos nas eleições passadas.
Portanto, segundo o gráfico 18, os/as entrevistados/as que afirmam acreditar nas promessas eleitorais dos/as candidatos/as nas últimas eleições, 42% afirmam ter confiança no candidato, 21 % afirmam ter confiança no programa de Governo e 13% afirmam ter confiança no partido.
Gráfico 19: Motivos para não acreditar nas promessas eleitorais dos candidatos nas eleições passadas.
Entretanto, dos/as entrevistados/as que afirmam não acreditar nas promessas eleitorais do candidato nas eleições passadas, 28% afirmam que não acreditam porque não confiam no candidato e 56% afirmam que não acreditam porque o candidato não cumpriu com as promessas das campanhas anteriores.
Gráfico 20: Processo democrático.
Quando questionados/as sobre o processo democrático do pais, num universo de 3646 entrevistados/as, 55% afirmam que a democracia serve para a paz e justiça social e 29% afirmam que a democracia serve para o desenvolvimento do pais.
Gráfico 21: Significado do período da campanha eleitoral para o público-alvo.
De acordo com o gráfico 21, 70% dos entrevistados/as afirmam que o período da campanha eleitoral é uma oportunidade para apresentar as preocupações da comunidade, 16% responderam que o período da campanha eleitoral significa conflitos entre famílias e pessoas na tabanca e 6% afirmam que significa conflito entre partidos e candidatos.
O terceiro bloco da análise nacional examina perceções e influências relacionadas com o ato de votar. São exploradas as interpretações dadas pelas pessoas inquiridas sobre o significado de exercer o voto, o que efetivamente está em causa na escolha eleitoral e quais problemas se espera resolver através desse processo. Recolhem-se ainda informações sobre quem, no contexto de vida das pessoas entrevistadas, influencia ou determina a escolha partidária, e de que forma essa influência se manifesta. Este segmento investiga também a ocorrência de pressões ou ameaças relacionadas com a captação de votos, bem como de contrapartidas oferecidas nesse contexto, identificando os tipos referidos e os grupos ou indivíduos que deles beneficiam.
Gráfico 22: Significado do ato de votar para o público-alvo.
O estudo também procurou entender o que significa o ato de votar para o público-alvo. Assim sendo, num universo de 3646 entrevistados/as, 64% afirmam que o ato de votar significa eleger o candidato com melhor programa de Governo para o desenvolvimento do país, 22% afirmam que o ato de votar significa eleger o partido que transmite confiança.
Gráfico 23: Motivos que justifica o ato de votar.
Segundo o gráfico 23, num universo de 3646, 93% dos entrevistados/as afirmam que votaram nas eleições passadas porque viram no candidato uma oportunidade de resolver os diferentes problemas que o país enfrenta.
Gráfico 24: Influências na hora de escolher o partido.
Em relação a orientação na hora de votar, das respostas obtidas percebe-se com o gráfico 24 que as respostas não alcançaram significância.
Gráfico 25: Influências na hora de escolher o partido.
Entretanto, dos que não escolheram as opções acimas, 63% afirmam que orientação de voto é pessoal.
Gráfico 26: Influências na hora de escolher o partido.
Percebe-se com o gráfico 26 que as respostas não alcançaram significância.
Gráfico 27: Bens para angariar votos.
Além de serem influenciados/as de alguma forma, num universo 3646, 84% dos/as entrevistados/as afirmam que os partidos e os candidatos oferecem bens materiais para angariar voto nas comunidades.
Gráfico 28: Os bens oferecidos para angariar votos.
Segundo o gráfico 28, os bens oferecidos para angariar votos nas comunidades são: motorizado (17%), camisolas (20%), arroz (23%) e dinheiro (18%).
Gráfico 29: Os beneficiários dos bens oferecidos.
Os principais beneficiários, segundo os/as entrevistados/as são: a comunidade (18%), o responsável local do partido (17%), associação de mulheres (12%), jovens (14%) e ou chefe de tabanca (10%).
O quarto bloco da análise nacional reúne opiniões sobre critérios e expectativas em relação ao funcionamento do sistema democrático. Inclui perceções sobre a necessidade ou não de estabelecer um nível mínimo de escolaridade para o exercício do cargo de deputado, bem como as razões apontadas para tal posição. Recolhem-se também avaliações sobre a satisfação com o desempenho democrático do país e sobre as instituições consideradas mais dignas de confiança. Este segmento aborda ainda as perceções relativas à capacidade de mulheres e de jovens para ocupar posições de decisão, assim como apreciações gerais sobre o processo eleitoral no seu conjunto. Por fim, são incluídas as respostas relativas à relevância atribuída pelas pessoas inquiridas ao inquérito apresentado.
Gráfico 30: Nível de escolaridade mínima para deputados e governantes.
Quando questionados/as sobre a importância da escolaridade mínima para deputados e governantes, os 95% dos/as entrevistados/as afirmam que sim deveria haver um nível de escolaridade mínima para deputados e governantes.
Gráfico 31: Motivos para haver um nível de escolaridade mínima para deputados e governantes
De acordo com o gráfico 31, os entrevistados/as afirmam que é importante haver um nível de escolaridade mínima para deputados e governantes pelos seguintes motivos: para ser um bom lider (32%), para poder tomar as melhores decisões (24%) e é importante saber ler e escrever para poder governar melhor (23%).
Gráfico 32: Nível de satisfação com o desempenho democrático no país.
Analisando o gráfico 32, percebe que 71% dos/as entrevistos/as afirmam que o desempenho democrático no pais é mau e 25% afirmam que o desempenho democrático é bom.
Gráfico 33: Instituições do país que inspira mais confiança.
Em relação a confiança que as instituições do pais transmitem, a Liga Guineense dos Direitos Humanos aparece em primeiro lugar, representado por 27%, segundo os/as entrevistados/as. Em seguida aparece a Presidência (13%).
Gráfico 34: Oportunidade para as mulheres e jovens para assumir cargos políticos.
De acordo com o gráfico 34, verifica-se que 95% dos entrevistados afirmam que deviam começar a dar oportunidades as mulheres e jovens para assumir cargos políticos.
Gráfico 35: Processo do voto na Guiné-Bissau
Com relação ao processo de voto no pais, 51% dos/as entrevistados/as afirmam que há falta transparência ao longo do processo, 9% afirmam que se deveria aumentar os programas de sensibilização sobre o processo eleitoral e 9% afirmam haver atraso na divulgação dos resultados.
Gráfico 36: Opinião sobre o inquérito.
De acordo com o gráfico 36, 98% dos entrevistados/as ao nível nacional afirmam serem importantes as questões colocadas no inquérito.