Em véspera de eleições, numa comunidade rural, vozes divergentes atravessam a rádio, os campos, os encontros de jovens e as conversas entre mulheres: votar ou não votar? Confiar ou desconfiar? Ao som de músicas e provérbios, jovens organizam ações de sensibilização, mulheres partilham experiências de desilusão, mas também esperança. Discute-se o valor do voto, o peso das promessas quebradas e a liberdade de escolha diante de pressões familiares e manipulações políticas. No dia da eleição, surge o confronto direto: propaganda ilegal, intimidação e resistência. A peça questiona quem realmente decide nas comunidades — e como se pode transformar desconfiança em participação ativa.