O Jogo das Vacas permite aos participantes que se identifiquem com a atividade, bem como a cada um dos subgrupos, que se identifique dentro do quadro mais grande do evento, facilitando um contacto lúdico entre todos os subgrupos e a equipa pedagógico-logística. Os subgrupos cumprimentam-se no início de cada jornada de trabalho e esta ação é muitas vezes recordada como elemento de identificação durante e após a atividade.
O Jogo das Vacas é um elemento didático inclusivo que requer um espaço amplo e generoso, onde os subgrupos podem estar separados, mas posicionados de forma a poderem ser ouvidos e com visibilidade suficiente para imitar os gestos dos outros subgrupos.
Logo no início da formação dos subgrupos, estes se encontram para acordarem entre si um gesto corporal que vão aplicar em conjunto e em simultâneo. O nome próprio do subgrupo pode ser um número ou uma cor, dependendo do número total de subgrupos. A equipa pedagógica e logística forma a “Baka Ekipa”.
ATENÇÃO: O número mínimo de elementos para um subgrupo é de 3 a 4 pessoas, sendo o número máximo de 15. Quando houver 4 subgrupos, podem usar-se as cores da bandeira (verde, vermelho, amarelo e preto). A partir de 10 elementos por subgrupo, é preferível usar números e aumentar a quantidade de “bakas”.
O jogo é iniciado pela “Baka Ekipa”, que exibe o próprio gesto e canta: “Ali baka ekipa, baka ekipa, baka ekipa”. Seguindo ainda com o seu gesto, chama: “Nunde Baka X (X = verde ou oito, ou outra cor/número, de acordo com o consenso interno), Baka X, Baka X”.
OBSERVAÇÃO: Cada “Baka” deve coordenar internamente o papel de porta-voz, para ser ele/ela a chamar a “Baka” que lhe seguirá. Consoante a vontade do grupo, o porta-voz pode decidir ou falar em nome deste, comunicando uma decisão individual ou coletiva.
Todas as Bakas estão muito atentas ao gesto da Baka Ekipa e à cor/ao número que esta indicou. Ao ouvir o seu nome, a Baka X imita o gesto da Baka Ekipa e responde: “Ali baka X, baka X, baka X”, mudando de imediato para o gesto combinado e chamando em conjunto: “Nunde baka Z, baka Z, baka Z”.
OBSERVAÇÃO: A atenção de todas as Bakas deve estar dirigida à Baka Z, neste caso, para poder copiar o seu gesto ou movimento no caso de ela ser a Baka chamada a seguir.
A Baka Z, que esteve bem atenta, imita o movimento da Baka X, respondendo: “Ali baka Z, baka Z, baka Z”, muda a seguir para o próprio movimento e chama outra Baka: “Nunde baka A, baka A, baka A”.
OBSERVAÇÃO: As Bakas podem devolver a chamada para a Baka que os chamou, mas é muito mais divertido para o grupo inteiro quando as chamadas incluem as Bakas menos chamadas ou posicionadas com distância.
O fim do jogo é definido pela “Baka Ekipa”, que recebe uma chamada e em vez de continuar chamando outro subgrupo, passa a reproduzir o próprio gesto em câmera lenta e aplaude, convidando a totalidade de participantes para a celebração.
TAREFA PARA A “BAKA EKIPA”: A “Baka Ekipa” deve acompanhar atentamente o desenrolar da comunicação e procurar integrar as bakas menos chamadas ou menos atentas, repetindo a chamada até estarem em condições de participar como as outras. Só quando todos os subgrupos tiverem participado o suficiente para dominarem o jogo, é que a experiência pode ser dada como finda.
Vamos refletir profundamente sobre a experiência que acabámos de viver em conjunto. Que experiência teve cada um/uma de nós? Que aspetos das nossas vidas, das nossas famílias, do nosso trabalho, das nossas organizações e do nosso país podemos relacionar com ela?
Qual foi a vossa experiencia com a/o porta-voz que têm escolhido?
Têm tentado a rotatividade do poder?