Tamanho do grupo: Pequeno, 12–15 pessoas, Medio, 20–25 pessoas
Descreva brevemente o objetivo e o contexto de uso deste elemento.
Materiais comuns: Não são necessários
Um espaço livre, onde o grupo possa formar um círculo e se mover sem obstáculos. Pode ser ao ar livre ou numa sala espaçosa.
Explicar a diferença entre fala (opcional) e manda (obrigatório). Reforçar que o jogo é simbólico e ninguém será julgado por “errar”. Iniciar com um breve jogo de aquecimento ou de atenção pode ajudar.
Algumas pessoas podem se sentir desconfortáveis ao serem “pegas” no erro – é importante manter um clima leve, com respeito e bom humor.
ROTEIRO - PASSO A PASSO
O que fazemos – e no que precisamos prestar atenção?
Formar o círculo
– Todo o grupo fica em pé, formando um círculo. Uma pessoa voluntária fica no centro.
Começar o jogo
– A pessoa no centro diz:
“Povo fala, povo manda…”
– e propõe uma ação (ex.: rir, chorar, bater palmas, saltar, abraçar, ajoelhar).
Escolher em silêncio
– Essa pessoa decide em silêncio se a proposta é só fala (ninguém precisa fazer) ou manda (todo mundo deve fazer). Ela não diz isso ao grupo.
Reação do grupo
– Cada pessoa decide se vai seguir a ordem ou não.
– Quem “erra” (faz quando era fala, ou não faz quando era manda) é convidado a ir para o centro.
Nova rodada
– A nova pessoa no centro repete a dinâmica com outra proposta.
DICAS E PERGUNTAS PARA A REFLEXÃO
Vamos refletir profundamente sobre a experiência que acabámos de viver em conjunto. Que experiência teve cada um/uma de nós? Que aspetos das nossas vidas, das nossas famílias, do nosso trabalho, das nossas organizações e do nosso país podemos relacionar com ela?
Garandis kuma • Respeitar o ritmo do grupo – não correr.
• Observar com curiosidade, não com julgamento.
• Explorar ações simples, mas também simbólicas (ex.: “pedir desculpa”, “gritar justiça”).
Objetivos específicos: Esta dinâmica convida o grupo a refletir sobre como o poder se constrói – não apenas a partir de cargos ou posições formais, mas da escuta mútua e da legitimidade coletiva. Ela mostra que a autoridade verdadeira nasce do reconhecimento do grupo, e não da imposição.
Ao explorar de forma lúdica os limites entre obediência e autonomia, a atividade abre espaço para pensar sobre eleições, liderança e responsabilidade social. Estimula o pensamento crítico e fortalece a coragem de questionar ordens que parecem injustas ou incoerentes.
Além disso, permite reconhecer que errar também é parte do processo de aprendizagem. Cada confusão entre fala e manda vira uma oportunidade para observar, discutir e construir consciência – tanto individual quanto coletiva.