Além de tentar analisar os principais motivos que influenciaram o votar ou não votar num determinado partido nas últimas eleições, o diagnostico procurou também analisar o nível de confiança dos entrevistados/as nas promessas eleitorais dos/das candidatos/as na região de Oio. Num universo de 530 entrevistados/as, 65% afirmam que não acreditaram nas promessas eleitorais dos candidatos e 35% afirmam acreditar nas promessas.
Além de tentar observar os principais motivos que os influenciam a votar ou não num determinado partido nas eleições, o estudo procurou também avaliar o nível de confiança dos eleitores da região. Sobre essa questão, 65% dos eleitores entrevistados atestaram falta de credibilidade nas promessas dos candidatos e, por contrariamente, 35% afirmaram acreditarem nas promessas.
A questão de acreditar nas promessas eleitorais foi interpretada por uma das participantes no grupo focal como uma tentativa dos eleitores em procurar renovar esperanças e apostar na resolução dos problemas, sobretudo, os que afetam mais as mulheres. Eis, abaixo, a argumentação da participante:
(…) nós, da região de Oio, acreditamos sim, porque temos dificuldades de água e luz. Não temos água canalizada e nem eletricidade, por isso, qualquer candidato que apareça e nos prometa essas coisas acreditamos logo pensando que será a solução para acabar com as nossas dificuldades, principalmente, nós as mulheres, porque somos as que mais sofrem com a falta de água para fazer todos os serviços da casa. As vezes é essa a necessidade que nos leva a acreditar e ter esperança que os problemas serão solucionados ou as promessas serão cumpridas.
Participante no. 1 no grupo focal em Mansoa. • Entrevista de grupo focal • 2022-07-06
Certeza ou não, provavelmente os candidatos também jogam com os aspetos de dimensão real das necessidades que os eleitores enfrentam e, estrategicamente, fazem promessas desonestas para angariar votos.